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			O Documentário e a Ação Cultural
			
			Numa aula em que versava sobre o papel político
			do cinema, nos idos da década de 70, Godard dizia:
			“Se fizéssemos filmes, se olhássemos em vez de
			dizer, bem, então veríamos coisas... Então veríamos
			o que se pode conservar e o que não se pode conservar [na sociedade]”. Momento para remontar a
			reali dade, o cinema é aqui entendido como uma
			for ma de pensar o mundo. Em novas ordens temporais, suas imagens e sons devolvem à realidade o
			seu estado embrionário: esta é a sua política.
			 
			No documentário, este trato político assume um
			estado agudo de crise, urgente, temperado pelas
			circunstâncias. Frente à realidade, o documentarista deve tomar decisões e responder rapidamente
			com seu olho-câmera. Assim, suas imagens são
			fruto de uma krísis, que em grego significa a deci são
			tomada por um juiz ou médico num momento de
			sua sentença ou diagnóstico. Ao assistirmos um
			documentário, nos abrimos a um julgamento, mais
			ou menos acabado, do nosso mundo.
			 
			Desde a sua primeira edição, em 1996, o SESC São
			Paulo realiza o Festival Internacional de Documentários, pois acreditamos que ele difunde a
			produção contemporânea de documentários
			numa perspectiva crítica, educativa e comprometida com a transformação social. Estas tônicas
			marcam a ação do SESC, e estão presentes em
			todos os festivais que realizamos e apoiamos,
			como a Mostra Internacional de Cinema, o Festival Internacional de Curtas e o Festival SESC de
			Melhores Filmes, já está em sua 34ª edição,
			mostrando que o comprometimento do SESC
			com a difusão do cinema de qualidade e com a
			formação de público não é uma novidade para
			nós, mas sim um antigo e sempre renovado
			compromisso com a democratização da cultura.
			 
			Danilo Santos de Miranda 
			Diretor Regional 
			SESC SÃO PAULO 
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