O documentarista pretende mostrar a verdade
– não usa atores, não sabe como o filme começa
nem como acaba. Sai à rua, atrás da verdade.
E acaba fazendo um documentário que é, na
verdade, uma peça de ficção, o mundo visto
pelos olhos do diretor do documentário.
O ficcionista parte do extremo oposto. Tenta se
descolar da realidade sem graça, enfadonha e
frustrante. Inventa, escreve texto, ensaia atores
e acaba contando uma história que, apesar de
inventada, é escrava da realidade.
Artistas e cientistas se debatem entre estes
dois extremos – fugir da realidade e pensar
livremente ou amarrar-se à realidade e contar
a verdade. Nenhuma das duas tentativas dá
certo: o ficcionista não foge da realidade e o
documentarista não consegue se libertar dos
seus olhos, da sua história e da sua forma de ver
o mundo.
Este é o 13º festival É Tudo Verdade. Apresenta
pela 13ª. vez a produção de documentários
brasileiros. Uma forma de fazer cinema
em que os brasileiros avançam cada vez mais,
procurando mostrar o que acreditam que é
real e mostrando o país, seus defeitos e qualidades,
potenciais e obstáculos, de formas tão diferentes.
Acabam compondo um mosaico de
visões e um painel imaginário do que o Brasil é
realmente no imaginário de seus artistas e dos
brasileiros. É tudo verdade, ou seja, nada é de
mentira. É um festival de filmes de verdade e
repleto de imaginação, que o Governo do Estado
tem o prazer de financiar, exibir e promover.
Mostrando ao público a riqueza e a imaginação
dos documentaristas
nacionais.
João Sayad
Secretário de Estado da Cultura do Estado de São Paulo
<< voltar
|
|