No Brasil, há alguns anos, o documentário é um gênero em ascensão, que se consolida a cada dia, seja pela quantidade de filmes produzidos, seja pelo crescente interesse que tem despertado no público. Trata-se de uma linguagem que se abre ao debate de questões contemporâneas pungentes, como a política, a guerra, a violência, a fome, além de registrar experiências individuais e coletivas sobre inúmeras temáticas de caráter sociocultural.

Aqui, como no restante do mundo, o documentário tem rompido os ciclos fechados que o mantinham à margem, chegando à televisão e constituindo- se como objeto de estudos em cursos especializados, aspectos relevantes para a observação da qualidade da produção realizada.

Em sua décima terceira edição o É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários é o mais importante evento destinado ao gênero na América Latina. Este ano, o Festival destaca o documentário Stranded, do cineasta uruguaio Gonzalo Arijon, consagrado com o Prêmio Joris Ivens de melhor longa-metragem na 20ª edição do Festival Internacional de Documentários de Amsterdã. Também integram o Festival as mostras competitivas nacional e internacional de longas e curtasmetragens, projeções especiais e a 8ª Conferência Internacional do Documentário.

No campo cinematográfico, a existência de uma sala voltada exclusivamente a essa linguagem, o CineSES C, e a política de parceria fixada em prol da manutenção do calendário com os principais festivais da cidade refletem o compromisso da instituição com a cultura e a educação permanente. Essas considerações, somadas à relevância e ao impacto que o É Tudo Verdade tem na formação crítica e estética do público, princípio amplamente compartilhado pela instituição, reiteram a importância da parceria firmada com Amir Labaki, desde a primeira edição do Festival.

Danilo Santos de Miranda
Diretor Regional do SESC-SP

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