Os filmes vencedores mostram a capacidade de não apenas informar, mas também de proporcionar uma experiência emocional. Entre os documentários curtos, queremos fazer uma menção especial a Sérgio Oskman, diretor de “NOTAS SOBRE O OUTRO”, por sua mistura inteligente entre fato e ficção. O curta destaca-se por sua elegante exploração dos decisivos momentos que definem nossa identidade.

O Prêmio para Melhor Curta Documentário vai para Jay Rosenblatt com o filme “A ESCURIDÃO DO DIA”. Usando imagens antigas, cuidadosamente escolhidas, de filmes dissolutos, Rosenblatt atrai-nos para o mundo sombrio daqueles que perderam o amor à vida. O filme trata sobre um tema difícil com empatia e respeito; e nos ajuda a entender, a sensação de se aproximar da escuridão que marca o fim (da vida).

Quanto aos Longas e Médias Documentários, vimos muitos, muitos filmes excelentes.Muitos deles merecem um reconhecimento especial, mas nossa tarefa era escolher apenas um ou dois para este prêmio.

Decidimos por reconhecer dois filmes bem diferentes , pois cada um deles é um exemplo quase perfeito de um formato (bem familiar) .

“O HOMEM MAIS PERIGOSO DA AMÉRICA: Daniel Ellsberg E Os Documentos do Pentágono” combina entrevistas ao vivo com imagens de arquivo para contar uma poderosa história.

Qual é a sensação em abandonar uma grande carreira, amigos próximos, e um verdadeiro poder e escolher defender algo enquanto princípio vital? Daniel Ellsberg decide que deve expor as mentiras do governo (norte americano) sobre a guerra no Vietnã e escolhe por dizer a verdade. Ele desafia as regras abrindo espaço para vazamentos de Documentos do Pentágono à imprensa. Os principais jornais assumiram graves riscos e publicaram os documentos. O filme comemora a integridade , coragem, honestidade e justiça. Sua história é tão importante hoje como era na época dos acontecimentos de então.

O co-vencedor, “ LA DANSE, O BALÉ DA ÓPERA DE PARIS”, também explora o que significa fazer sacrifícios enormes pelo o que se acredita profundamente. O filme nos mostra a busca quase obsessiva da excelência de uma companhia de dança e seus incríveis dançarinos. Fred Wiseman transforma suas serenas observações em poesia. Ele abre uma janela sobre a tremenda dedicação e esforços aparentemente fáceis que alcançam performances de grande beleza.

Juntos, estes dois filmes demonstram a enorme profundidade e grande vitalidade do documentário contemporâneo. Eles têm o poder de inspirar a todos nós.

<< voltar