Abalado por uma intensa crise pessoal e profissional, aos 34 anos, o diretor Louis Malle decide mergulhar numa viagem à Índia, que para ele significará um verdadeiro recomeço. Sem mapa, compasso nem roteiro predefinido, acompanhado apenas do fotógrafo Etienne Becker e do técnico de som Jean-Claude Laureux, filma instintivamente por quatro meses tudo o que lhes chama a atenção. Em 35 horas de material bruto, depois editado em sete episódios e num longa autônomo, “Calcutá”, Malle imprime um retrato multifacetado e dinâmico dos contrastes de um país marcado por várias culturas e religiões e dividido entre as heranças do Oriente e do Ocidente. No primeiro episódio, Malle apresenta seu projeto de apresentar um “diário de viagem”, “um exercício total de sinceridade”, “uma verdadeira subjetividade”, uma série não sobre a elite anglofônica que dirige o pais e tradicionalmente fala sobre ele, mas sim sobre os “99% da população indiana que não fala inglês”. No episódio final, um mergulho sobre Bombaim, hoje Mumbaim, seu caos e sua miséria apesar do dinamismo econômico que já prenunciava o que vemos em “Quem quer ser um milionário” (2008).
R: LOUIS MALLE | DF: ÉTIENNE BECKER, LOUIS MALLE AND JEAN-CLAUDE LAUREUX | M: SUZANNE BARON | CP: NOUVELLES ÉDITIONS DE FILMS |
R: Roteiro - A: Animação - DF: Diretor de Fotografia - C: Operador de Câmera - SD: Som Direto - S: Som - M: Montagem - Mu: Música - ES: Editor de Som - P: Produtor - DP: Diretor de Produção - PE: Produtor Executivo - CP: Companhia Produtora
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