Como nunca, o documentário toma hoje o pulso do mundo. Pelo quinto ano, este festival tem o privilégio de apresentar uma pequena mas valiosa amostra desta produção.
É como reconhecimento à confiança depositada no evento por seus verdadeiros protagonistas - os cineastas - que constantes ajustes têm sido feitos em nosso programa. Pela primeira vez, todas as seções do festival abrem-se indistintamente para documentários finalizados em filme e em vídeo. Surge ainda uma nova mostra, O Estado das Coisas, ampliando o espectro de temas e estilos.
Nas obras dos grandes documentaristas, a tradição é eterno presente. Duas extraordinárias retrospectivas reafirmam a perene força do novo.
A história do documentário confunde-se com a obra de Joris Ivens (1898-1989), celebrada nesta edição. A organização da retrospectiva em sua homenagem só tornou-se possível graças à generosidade de sua viúva e parceria, Marceline Loridan-Ivens, e à colaboração da Fundação Joris Ivens, da Slichling Nederlands Filmmuseum e da Cinemateca Brasileira.
Por sua vez, a retrospectiva nacional deste ano pesquisa os títulos basilares da história do documentário no Brasil. Mais que um ponto de chegada, sabemos ser este um novo ponto de partida.
A constante busca de aprimoramento por este festival é um dever frente à excelência das instituições que o realizam: a Associação Cultural Kinoforum, o Centro Cultural Banco do Brasil (RJ), o Sesc-São Paulo, o Itaú Cultural, a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, o Museu da Imagem e do Som (Secretaria de Estado da Cultura - SP) e o Centro Cultural São Paulo (Secretaria Municipal de Cultura -SP).
A todos, minha imensa gratidão, e aos espectadores e convidados, que a nós agora se
unem, os votos de um prazeroso festival.
Amir Labaki
Diretor do Festival