Retrospectiva Brasileira
Os Dez Mais Votados

Apresentação

Programação

Júri / Prêmios

Competição Internacional

Competição Nacional

Retrospectiva Internacional:
    Joris Ivens


Retrospectiva Brasileira

O Estado das Coisas

Mostra Paralela:
    Jean Rouch


Filmes de Jurados



O País de São Saruê
The Country of Saint Saruê
Vladimir Carvalho
Brasil/PA, 90 min, p&b, 35mm, 1971

Com a extinção da nação Cariri pelos colonizadores, os índios perderam suas terras nos sertões do Nordeste, há quase três séculos. No início dos anos 70, registra-se, uma espécie de renascimento, com a exploração de novos minérios. A antiga cultura pastoril, a rusticidade dos costumes, os campos lavrados sol a sol, a folgaça do Bumba-Meu-Boi definham e convivem melancolicamente com outras formas de vida trazidas pelo rádio, cinema e televisão.

With the extinction of the Cariri nation by the colonizers, the Indians lost their lands in the backlands of the Northeast, almost three centuries ago. At the beginning of the '70s, there is a type of renaissance, with the exploration of new minerals. The former bucolic culture, the rustic customs, the fields that are farmed from sun up to sun down, the revelry of Bumba-Meu-Boi, all wane and live melancholically along side other forms of life brought by radio, cinema, and television.


A cadência do poema, uma forma próxima do épico, antiga, grega (também sertaneja) de se narrar a História, marca todo o longo prólogo, como uma voz da Terra, um monólogo do Sertão, e só desaparece totalmente na segunda metade do filme, quando passa a predominar o som das entrevistas. O ritmo andante dos versos de Jomar Souto, à medida que o filme avança, cede lugar à narração, que por sua vez é, aos poucos, substituída pela fala dos entrevistados.

The cadence of the poem, which is in a form very close to epic style, in the ancient Greek (and sertaneja - Brazilian backlands) manner of narrating History, distinguishes the entire long prologue, like a voice from Earth, a monologue from the Sertão, and it only totally disappears in the second half of the film, when the sound of the interviews takes over. The walking rhythm of the verses by Jomar Souto, as the film moves forward, gives way to the narration, which in turn is substituted, little by little, by the words of those being interviewed.
Vladimir Carvalho

Contato/ Contact: Cinemateca Brasileira
Largo Senador Raul Cardoso, 20 04021-070 São Paulo SP Brasil
Tel: 5511 50842177