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José Álvaro Moisés - Secretário do Audiovisual do Ministério da Cultura O cinema brasileiro tem um vínculo histórico com a procura das raízes do país e com a exibição da diversidade dessas raízes na tela. Ele tem buscado mostrar ao público a nossa realidade, de maneira por vezes polêmica, e por vezes chocando-o, na expectativa de poder, através da imagem, revolucionar a nossa própria visão do país e, assim, influir em nosso agir como cidadãos. O documentário tem, portanto, um papel central na cinematografia brasileira, pela sua aspiração em criar formas novas de sociabilidade e de percepção da realidade. A sexta edição do É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários consolida um espaço fundamental para que a produção documental brasileira tenha o ambiente de debate aberto para discutir as linhas que vem seguindo, seus avanços e perspectivas. O sucesso dessa iniciativa, reconhecido por todos, faz-se ver tanto no número de espectadores presentes às exibições, que ultrapassou o número de 13.000 espectadores no ano passado, quanto no recorde de inscrições de obras nacionais este ano, que atingiu o número significativo de 192. Louvo a idéia da organização do Festival deste ano de incluir a retrospectiva de um dos documentaristas mais marcantes da nossa produção recente: Geraldo Sarno. O Festival se afirma também ao recordar a importância dos mestres que formam as gerações atuais e futuras na área. Ao mesmo tempo, a Secretaria do Audiovisual, do Ministério da Cultura, sente-se honrada em anunciar, pela primeira vez, a sua participação nas premiações do evento com a criação do Prêmio Aquisição, no valor de R$ 5.000,00, para três documentários a serem escolhidos por um júri especializado. Parabéns aos documentaristas e ao É Tudo Verdade. JOSÉ ÁLVARO MOISÉS SECRETÁRIO DO AUDIOVISUAL